Trawp, os maillots de Leiria que os ginastas querem usar

Desde novembro do ano passado, quando as coisas começaram a abrir, que não tem tido mãos a medir com tantos pedidos vindos de fora.

Foram mais de duas centenas oriundos de Itália, mas também a Islândia não tem sabido resistir aos encantos dos maillots da Trawp.

De facto, o desporto é uma marca de Leiria e aqui está mais um exemplo. Mais de metade da população do concelho pratica algum tipo de atividade física.

Do lazer à alta competição, há exemplos muito felizes do que se passa neste território. Mas Leiria também é reconhecida por ser empreendedora sob o ponto de vista económico e vários negócios têm surgido tendo precisamente como base a prática desportiva.

Há uns dias falamos da Wasteland Skateparks, empresa que, como o nome indica, constrói rampas e bowls para a prática de skateboarding.

Hoje, damos a conhecer a Trawp (lê-se tramp), que confecciona maillots de ginástica e que tem em Sara Lopes, ligada aos trampolins desde os cinco anos, a grande mentora.

Foi ginasta, repórter e hoje em dia continua a ser treinadora no Ateneu Desportivo de Leiria. Agora, conquista o mundo dos fatos de ginástica a partir do centro da cidade.

No entanto, quando arrancou, pouco percebia de corte e costura. Licenciada em Gestão, logo com os número sempre a pular na cabeça, a ideia surgiu quando se apercebeu que “havia poucos maillots” que os ginastas pudessem adquirir.

Era, de resto, uma sensação que já tinha desde os tempos em que saltava, porque em Portugal sempre fora muito difícil adquirir novos fatos, a esmagadora maioria de origem estrangeira, “com preços muito elevados e os portes a agravar a situação”.

Surgiu a Trawp, uma resposta a todos os ginastas que se querem apresentar cada vez mais bonitos, mas também confortáveis.

“Como fomos ginastas, sabemos o que valorizar nos fatos. Nas meninas é mais desconfortável, porque se pode meter nas virilhas, ou nos rabos, por isso sempre que fazemos algum protótipo fazemos um modelo para testar e perceber se é vendável ou não”, completa Sara Lopes.

As licras, “do melhor que há”, são importadas, mas o processo de fabrico é todo ele feito na região. A designer Andreia Nico quem faz os moldes e corta os tecidos com Sara. As costureiras são das freguesias de Bidoeira de Cima e Vieira de Leiria.

A aplicação de brilhantes é novamente feita por Sara e Andreia e as estampagens, caso sejam necessárias, são executadas nos Pousos.

“É quase tudo personalizado”, diz Sara Lopes, satisfeita com o impacto que a Trawp tem tido no mundo da ginástica, sobretudo pelas inovações estéticas que têm imposto.

As redes sociais são uma ferramenta providencial para o processo comercial. “O Facebook é utilizado pelas mães a pedir presentes para os filhos. Os miúdos servem-se do Instagram para pedirem informações.”

Já recebeu encomendas de vários pontos do País, de Setúbal a Penafiel, do Cartaxo a Ansião, de Torres Vedras a Santo Estevão, do Algarve a Leiria. Até o Sporting já cedeu aos encantos da Trawp.

Nos trampolins, a marca já é reconhecida. Agora, avança para a acrobática, apesar de as especificidades serem muito diferentes. Um desafio, com a certeza de que a capacidade de adaptação é o segredo do sucesso

Comentários

  • Pedro Lopes
    31 Março, 2022 @ at 23:28

    Excelente projeto!! Para a frente é o Sucesso 👍

  • Luís Brandão
    30 Abril, 2022 @ at 23:24

    Parabéns Sara! Regista a tua marca e segue em frente.

  • Joana Brito
    2 Agosto, 2023 @ at 11:18

    Boa tarde.
    Sou atleta Master de Natação Artística e gostaria de saber se fazem fatos de banho.
    Os melhores cumprimentos,
    Joana Brito

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