Discos sobrevoam o Pedrógão e seguem viagem para a Europa

Quem, no passado fim de semana, chegou à Praia do Pedrógão deparou-se com um enorme retângulo desenhado no chão. Por cima, qual filme de ficção científica, pairavam vários objetos voadores.

Calma, a única estância balnear do concelho de Leiria não foi alvo de um ataque de extraterrestres, mas a atividade existente não deixou de surpreender muitos daqueles que naquele dia aproveitam o belo dia de sol.

Bom, o que lá aconteceu foi um treino dos LFO – Leiria Flying Objects, clube que se dedica a lançar discos, modalidade conhecida como ultimate frisbee, e que ultima a participação no Campeonato da Europa de Clubes da modalidade, que se vai realizar de 14 a 16 de Outubro, em Portimão.

Trata-se de uma modalidade especial, garante-nos o treinador, João Sousa Lopes.

“É um jogo diferente de todos os outros, que chama a atenção pela dificuldade técnica e tática. Prima pela autoarbitragem, onde não pode haver contacto e é todo jogado em movimentações, o que lhe dá um caráter físico muito acentuado.”

Ora, agremiação de Leiria garantiu a qualificação para tão relevante importante competição após se sagrar campeão nacional masculino, em 2021.

Mas os rapazes não vão sós. Também as meninas conseguiram um lugar na prova após obterem o segundo lugar na mesma prova.

Vão ser, pois, duas equipas a competir com a elite da modalidade do Velho Continente.

“A liga portuguesa é mista e nesta preparação a nossa maior preocupação foi separar os géneros. Os estilos de jogo são muito diferentes”, sublinha João Sousa Lopes.

Depois de uma aventura na China e outra em Malta enquanto treinador de futebol, está de regresso a Leiria e é ele o responsável técnico dos LFO – Leiria Flying Objects.

No currículo tem duas participações em Mundiais pela seleção nacional, com destaque para o quarto lugar obtido no Dubai em 2015.

Segundo o responsável, o objetivo foi começar a dar as ferramentas às duas equipas que permitam uma boa participação em Portimão.
“A competição masculina torna-se mais rápida e com mais dimensão física. Já as meninas precisam de assumir mais o jogo. Ganham muito em jogar sozinhas”, reforça João Sousa Lopes.

Quer fazer o melhor possível, mas ainda não tem noção do real valor.

“É uma incógnita. Temos a vantagem de treinar muito em areia, o que só acontece com espanhóis e italianos. Confiante, mas sem objetivos competitivos. Tudo é possível.”

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