Aposta na carreira dual não afastou Irina Rodrigues dos grandes palcos

Num ano em que deu especial ênfase à carreira dual, empenhada que está em terminar o curso de Medicina, porque há vida além do atletismo, Irina Rodrigues conseguiu, ainda assim, estar entre as melhores do planeta.

Esta madrugada, a atleta de Leiria disputou a qualificação de lançamento do disco dos Mundiais de atletismo, mas não se qualificou para a final.

Em Eugene, no Oregon, a lançadora do Sporting obteve o 23.º lugar após arremessar 57,69 metros no melhor dos seus ensaios, ela que tem 62,08 metros como máximo deste ano e 63,96 como recorde pessoal.

“Não foi, de todo o melhor do meu ano, mas não estou triste, porque acho que consigo fazer melhor no futuro e porque fiz o meu quinto ano de Medicina, e ainda vim aos Campeonatos do Mundo, nos Estados Unidos”, sublinhou Irina Rodrigues, que admitiu nem sempre ter sido fácil a assunção desta aposta.

“No início da época sabia o grande desafio que seria aprovar a todas as unidades curriculares do 5.° ano e conciliar com o desporto de alto rendimento. Houve momentos de pânico, de desespero, de muita solidão e sofrimento. A dúvida na nossa capacidade aterroriza e deixa-nos no escuro.”

Na escola correu tudo bem e na pista há mais vitórias por conquistar.

“Senti que podia ter feito um pouco melhor, mas tenho de aprimorar a minha técnica para Munique [onde vão ser disputados os Europeus, entre 15 e 25 de agosto]. Acredito que lá vou estar melhor. Era um palco grande, não estava ansiosa, mas estava a fazer muita força para o disco andar e, sem ser desculpa, no terceiro dei mais força e o disco começou a cair. Fiquei com um bocadinho de raiva, mas é assim”, explicou Irina Rodrigues, de 31 anos, que competiu pela quinta vez nuns Mundiais.

Comentários

  • Ainda não há comentários.
  • Adicione um Comentário